quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A PERCEPÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS, PELOS PROFISSIONAIS SAMU - MOSSORÓ

Analisa as estratégias desenvolvidas pelo ministério da saúde com parceria com governo Estadual e Municipal, considerando o aumento de acidentes e da violência urbana, bem como insuficiente estrutura da rede assistencial no qual determinou a implantação de mecanismos de atendimentos ás urgências e emergências. Sendo assim, a definição de uma Política Nacional nessa área, exigiu a organização de sistemas regionalizados, com estabelecimento de normas e critérios de funcionamento, que orientarão os estados e municípios na condução dos processos de implementação de ações nesse âmbito. A partir disso, Mossoró foi contemplado a principio com duas viaturas sendo suporte básico e avançado, baseando-se no número de habitantes, vigorado em 03 de março de 2005, funcionando 24 horas, o serviço de atendimento móvel de urgência SAMU, com objetivo de garantir atenção qualificada, resolutiva e referencial adequada às urgências e emergências pré-hospitalares. Atualmente o serviço funciona com 04 viaturas de suporte básico, 02 de suporte avançado e 01 suporte inter-hospitalar. A equipe que atua consta de médicos, enfermeiros, tec. de enfermagem e Socorrista, e que os quais foi direcionado a pesquisa de caráter qualitativo, com coletas de dados sobre a importância do serviço que no qual eles trabalhavam, tendo perguntas com as das mais variáveis respostas de forma superficial e não focando a real importância do serviço SAMU.

Palavras-chave: SAMU, Políticas de Atenção as urgências, Atendimento Pré- hospitalar.

1 INTRODUÇÃO

Permeando a lógica da implantação de uma rede hierarquizada, regionalizada e regulada, na perspectiva de melhorar e modernizar s execução dos serviços de urgência e emergência em saúde no Brasil. Foi delimitado através das Políticas Nacionais de Atenção às urgências uma nova proposta de organização dos serviços através da hierarquização de uma rede assistencial que contempla não apenas a atenção hospitalar, mas também a atenção pré-hospitalar fixa e móvel, a atenção hospitalar e a pós-hospitalar.

Assim, baseado na portaria n. 048 de novembro de 2002, foi implantado o serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – 192), viabilizando a proposta do Ministério da Saúde em modificar significativamente o atendimento às urgências, no objetivo maior de diminuir o sofrimento, aumentar as possibilidades de sobrevivência e reduzir seqüelas não só físicas, mas emocionais também.

As centrais SAMU – 192, de abrangência municipal, micro e macro regional, devem promover acesso aos usuários por intermédio do numero público gratuito nacional 192, exclusivo para as urgências médicas como aos profissionais de saúde, em qualquer nível do sistema funcionando como importante porta de entrada do sistema de saúde, no entanto, esse sistema de portas de entradas necessitam de portas de saída, pactuadas e acessíveis por meios de centrais de complexo regulador da atenção garantindo ao paciente acesso à rede básica de saúde, a rede de serviços especializadas (consultas médicas, exames subsidiários e procedimentos terapêuticos), à rede hospitalar (internações em leitos gerais, especializados, de terapia intensiva e outros), assistência e transporte social.

O SAMU – Mossoró foi implantado em marco de 2005, funcionando 24 horas por dia, com equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorrista) tendo hoje 3 viaturas de suporte básico e 2 de suporte avançado (UTI – móvel) sendo uma para transferências inter-hospitalar.

O impacto da SAMU em Mossoró não obstante a rede nacional deliberou consideravelmente uma acessibilidade e agilidade primordial no atendimento a uma vitima de urgência e emergência, no entanto, a complexidade do fluxo deste indivíduo vítima de acidente que primeiramente é atendido pelo SAMU e em seguida aguarda em uma fila para realização de exames em uma rede hospitalar. Estabelece parâmetros de um paradigma vivenciados não só pela política orientadora de atenção às urgências, mas pelo sistema pelo qual este está inserido – SUS.

Diante deste paradigma tornou-se eminente a necessidade de traçarmos os elementos que caracterizam este déficit, buscando configurarmos a percepção que os profissionais SAMU – Mossoró detém sobre esta política que rege as ações de urgência.

Desenvolveu-se estudo do tipo qualitativo no SAMU- Mossoró. Trata-se de um estudo mais amplo denominado à percepção da política nacional de atenção as urgências pelos profissionais do SAMU.

As Políticas de Atenção às Urgências são compostas por sete portarias, a saber:


- Portaria GM nº. 1.828 de 02 de setembro de 2004;
- Portaria GM nº. 2.426 de 09 de novembro de 2004;
- Portaria GM nº. 1.863 de 29 de setembro de 2003;
- Portaria GM nº. 1.864 de 29 de setembro de 2003;
- Portaria GM nº. 2.072 de 30 de outubro de 2003;
- Portaria GM nº. 2.657 de 16 de dezembro de 2004;

- Portaria GM nº. 2.048 de 05 de novembro de 2002: todas essas regulamentam os serviços de urgências e emergências, porém essa portaria 2.048 foi à primeira portaria criada, considerando que a área de urgência e emergência constitui-se em um importante componente da assistência á saúde. Dentro dela tendo sete capítulos que regem as urgências.


I. Plano estadual de atendimento às urgências e emergências.
II. Regulação médica das urgências e emergências.
III. Atendimento pré-hospitalar fixo.
IV. Atendimento pré-hospitalar móvel.
V. Atendimento hospitalar.
VI. Transferências e transporte inter-hospitalar.
VII. Núcleos de educação em urgências.

METODOLOGIA

Desenvolveu-se estudo do tipo Qualitativo no SAMU – MOSSORO. Trata-se de um estudo mais amplo denominado a Percepção da Política Nacional de Atenção às Urgências pelos profissionais SAMU – MOSSORÓ (uma política idealizada verso a política experenciada, essa pesquisa foi feita através de questionário que participaram dezesseis profissionais, sendo três médicos, três enfermeiros, cinco técnicos de enfermagem e cinco socorristas, cujo critério estabelecido foi à participação voluntária dos mesmos.

Para a coleta de dados, utilizou-se roteiro descrito em formulário semi-estruturado com perguntas abertas cujos dados buscaram a caracterização dos conhecimentos deste a política norteadora da prática diária na instituição, bem como perguntas norteadoras direcionadas ao objetivo do estudo ao saber:

1. O que você entende sobre o SAMU?
2. Na sua percepção as políticas nacionais de urgências têm colaborado aqui em Mossoró?
3. Qual o seu conhecimento sobre a portaria GM 2.048?

A técnica para essas coletas foi entrevista face-a-face realizada no período de atendimento destes profissionais, durante o mês de junho de 2008. Para interpretar os dados, utilizou-se a análise de dados coletados dando origem a três categorias:

1. Conhecendo o campo de trabalho;
2. Aprofundando as políticas regentes da atuação profissional SAMU Mossoró;
3. A portaria GM 2048 regulamentadora da atuação profissional.

ANÁLISE DOS DADOS

Quadro 1: Apresentação das categorias referentes à percepção referenciada pelos profissionais SAMU Mossoró sobre as Políticas Nacionais de Atenção às Urgências.













1. Conhecendo o seu campo de trabalho

- SAMU é um serviço de atendimento móvel de urgência…

- Componente pré-hospitalar móvel para o atendimento às urgências…

- O serviço de funciona 24 horas com equipe multidisciplinar que atende urgências de natureza traumáticas, clínicas, gineco-obstréticas e psiquiátricos da população…

- É um serviço de importância para a população de modo geral.


2. Aprofundando nas políticas regentes da atuação profissional SAMU – Mossoró

- As políticas nacionais de atenção às urgências…
- Propiciou a atenção pré-hospitalar fixo, móvel e hospitalar…
- As políticas nortearam através da organização de redes assistenciais e central de regulação médica de urgências. Mas deixa a desejar quanto às estratégias promocionais, humanização e qualificação, educação permanente…
- Maior coordenação do setor pré-hospitalar e hospitalar, porém necessita melhorar…


3. Percepção sobre a portaria GM 2.048

- Portaria de atenção às urgências e emergências…
- Portaria criada em 2002 que regulamenta o atendimento das urgência e emergências…
- Regulamento, atenção às urgências e emergências…
Portaria que regulamente o serviço pré-hospitalar no Brasil…
- A portaria foi bem elaborada, porém nem sempre o que está escrito é executado, como tal. Não está funcionando ainda…


REFLEXÕES SOBRE O ESTUDO

Neste estudo nosso objetivo foi à aproximação da temática em foco, na tentativa de elucidarmos algumas dimensões que possam possibilitar momentos de meditação. Nesse pensar ao adentrar no mundo das Políticas Nacionais de Atenção às Urgências e suas diretrizes regenciais no foco abordado SAMU – Mossoró, procuramos não apenas vislumbrarmos a percepção dos profissionais que ali trabalham, mas também a partir desta abordagem buscar estratégias de ação que colaborem para efetivação cada vez mais real destas políticas que muitas vezes estagnou no plano idealizado.

Em aproximações com os profissionais do SAMU – Mossoró permeou em toda a problemática trabalhada que estes profissionais ainda necessitavam realmente de conhecer toda a lógica normativa destas políticas que regem a sua prática galgando não apenas uma melhor e mais complexa ação individual, mas também de posse destes conhecimentos serem atores ativos na implementação de uma Política de Atenção às Urgências mais aproximadas do plano ideal.

A nosso ver nas falas analisadas esse aparente distanciamento das ações desenvolvidas com a desvinculação das políticas normativas advêm de um não querer se envolver com algo que é de responsabilidade de outrem (o governo), lógica esta não apenas nesta instituição, mas também em outras faces da sociedade.

Ao findar este estudo, aprendemos que essa temática envolve repensar dimensões pessoais, organizacionais, políticas e sociais, buscando qualificar a atenção às urgências principalmente no lócus SAMU – Mossoró.

Uma reflexão faz-se necessária no momento atual em que a sociedade é cada vez mais em qualificar o nosso fazer, buscando a totalidade onde o holismo é cada vez mais difundido.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Em meados dos séculos XVII, o biólogo italiano Francesco Redi elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros “vermes” deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível.Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses “vermes” não apareciam. Redi, então isolou alguns dos “vermes” que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.

Do experimento de Redi é fácil concluir que os “vermes”, representam uma etapa do ciclo de vida de uma mosca: ovo – larva (“verme”) – pupa (estágio “imóvel”) – adulto, e que, portanto, originam-se de vida preexistente. A carne em putrefação não constituía, como supunham os defensores da geração espontânea, uma “fonte de vida” dotada de um “princípio ativo” organizador; a fonte de vida eram serem vivos “moscas” que já existiam. O papel da carne é, somente, constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-lhes o alimento necessário.

A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.

Poucos anos depois da experiência de Redi, Anton LeeuWenhock (naturalista holandês) aperfeiçoou o microscópio, permitindo o descobrimento de um novo mundo: o mundo dos microorganismos. Nessa época, ninguém supunha que formas tão primitivas de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação. Assim, supunham os adeptos da abiogênese, soluções nutritivas poderiam gerara espontaneamente microorganismos.


O cientista ao usar um método científico, costuma seguir estas etapas:


  1. Observar um fato ou fenômeno;

  2. Levantar um problema;

  3. Formular uma hipótese explicativa;

  4. Realizar experimentos;

  5. Chegar a uma conclusão.

Como funciona a investigação científica

Os cientistas antes de divulgarem suas descobertas, fazem todas as etapas citadas anteriormente.

Com Redi não foi diferente, pois:

    • Ele observou que na carne em putrefação, apareciam vermes;

    • Redi se perguntou: De onde teriam vindo aqueles vermes?

    • Formulou a hipótese de que eles não teriam surgido da própria carne e sim de outros pré-existentes;

    • Realizou o experimento; das carnes nos potes de vidro;

    • Chegou (comprovou) sua hipótese de que os vermes que surgiram na carne eram provenientes de outros que já existiam, e não, como se acreditava antes, surgiam espontaneamente.