segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Em meados dos séculos XVII, o biólogo italiano Francesco Redi elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros “vermes” deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível.Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses “vermes” não apareciam. Redi, então isolou alguns dos “vermes” que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.

Do experimento de Redi é fácil concluir que os “vermes”, representam uma etapa do ciclo de vida de uma mosca: ovo – larva (“verme”) – pupa (estágio “imóvel”) – adulto, e que, portanto, originam-se de vida preexistente. A carne em putrefação não constituía, como supunham os defensores da geração espontânea, uma “fonte de vida” dotada de um “princípio ativo” organizador; a fonte de vida eram serem vivos “moscas” que já existiam. O papel da carne é, somente, constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-lhes o alimento necessário.

A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.

Poucos anos depois da experiência de Redi, Anton LeeuWenhock (naturalista holandês) aperfeiçoou o microscópio, permitindo o descobrimento de um novo mundo: o mundo dos microorganismos. Nessa época, ninguém supunha que formas tão primitivas de vida tivessem seus próprios métodos de reprodução. E, como se observava que esses minúsculos seres aumentavam rapidamente em número quando em contato com soluções nutritivas, imaginou-se que a geração espontânea fosse a grande responsável por tal proliferação. Assim, supunham os adeptos da abiogênese, soluções nutritivas poderiam gerara espontaneamente microorganismos.


O cientista ao usar um método científico, costuma seguir estas etapas:


  1. Observar um fato ou fenômeno;

  2. Levantar um problema;

  3. Formular uma hipótese explicativa;

  4. Realizar experimentos;

  5. Chegar a uma conclusão.

Como funciona a investigação científica

Os cientistas antes de divulgarem suas descobertas, fazem todas as etapas citadas anteriormente.

Com Redi não foi diferente, pois:

    • Ele observou que na carne em putrefação, apareciam vermes;

    • Redi se perguntou: De onde teriam vindo aqueles vermes?

    • Formulou a hipótese de que eles não teriam surgido da própria carne e sim de outros pré-existentes;

    • Realizou o experimento; das carnes nos potes de vidro;

    • Chegou (comprovou) sua hipótese de que os vermes que surgiram na carne eram provenientes de outros que já existiam, e não, como se acreditava antes, surgiam espontaneamente.

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